Yes,
nós temos Chocolate...
Por Claudia Assef
Quando
chegou ao Brasil, em meados dos anos 80, a cultura hip
hop encontrou por aqui um meio ambiente perfeito pra crescer
e render frutos tão suculentos quanto os que vinham
de seu país natal, os EUA. Cá como lá
também havia meninos e (algumas poucas) meninas
espalhados pela cidade - especialmente nas periferias
- doidos para encontrar formas não convencionais
de se expressar, uma turma com fome de fazer arte em grupo,
de dançar, de cantar, de desenhar...
Foi assim que o hip hop encontrou aqui a temperatura ideal
para ver replicadas em verde-amarelo as block parties
americanas. E o local escolhido para a celebração
era perfeito: o largo do metrô São Bento,
cercado de concreto e de gente apressada por todos os
lados. Mais urbano, impossível.
Por lá passaram os primeiros b-boys, DJs, MCs e
grafiteiros de São Paulo, gente que, muitas vezes,
tinha que pular a catrata porque não tinha como
pagar pela viagem de metrô.
E quem eram esses caras? São muitos os nomes, mas
entre os que batiam cartão estavam DJ Hum e MC
Thaíde, Mad Zoo, Nelsão (“pai”
de uma leva de b-boys) e até, quem diria, o DJ
Mau Mau, na época um dedicado dançarino
de break.
Lá se vão quase 20 anos desde as primeiras
batalhas de DJs e MCs no centrão de São
Paulo. Nestas quase duas décadas, o hip hop cresceu.
Até demais. Portanto, não se espante se
você reconhecer muito pouco da essência underground
nos multiplatinados rappers por aí. Ainda bem que,
ufa!, resta muita gente séria no ramo pra nos render.
No Brasil, a Chocolate Music nasceu pra agrupar, organizar
e, por que não, fortalecer uma turma seleta de
MCs, DJs, b-boys e grafiteiros - os “realizadores”
dos quatro pilares fundamentais do hip hop. Juntos, eles
formam a primeira agência brasileira especializada
nesta cultura.
A chegada da Chocolate Music deve funcionar para o avanço
desses profissioniais no mercado - que ainda costuma confundir
alho com bugalho quando o assunto é hip hop.
Não tenho bola de cristal, mas vejo a entrada da
agência como um adianto enorme nas carreiras desses
meninos - assim como aconteceu no advento das primeiras
agências de “música eletrônica”
(não que hip hop não seja música
eletrônica!), que ajudaram a construir nomes, inclusive
internacionalmente, de Mau Mau, Marky, Patife, Noise...
Então, se o hip hop está gigante no mundo
todo, a gente agora também já pode dizer
que por aqui a coisa anda cada vez mais profissional.
Sabe como? É só dizer, “Yes,
nós temos Chocolate”...
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